Pobre Não Tem Sorte.

   
    Sabe quando você gosta tanto de uma personagem que deseja ser amiga dela? O que me conquistou na personagem foi seu carisma natural, impossível não se render as gargalhadas com as divagações de Mariana. Mas, conhecendo a Mari como passei a conhecer haveria um pequeno probleminha nessa amizade... Ok está mais para um problemão!
    Acho que a Mariana Louveira não me aceitaria como membro do seu clube da luluzinha. Eu não sei montar looks, não faço a mínima ideia do que seja um Prada Butterfly e nunca saberia identificar essa tal de Louis Vuitton, como diz a própria Mariana não entendo bulhufas de jens Diesel, Valentino, Chris Barros ou Walter Rodrigues; confesso que nunca ouvi falar desses seres na vida!
    E não contem para ela, mas costumo visitar vez por outra essas lojas de R$ 1,99. Isso acabaria com minhas já inexistentes chances. hehehe
    Vocês já perceberam que a nossa protagonista não é bem um exemplo de humildade e simplicidade; nem mencione a palavra simples perto da Mari certamente ela consideraria como um insulto.
   Mariana Louveira tem 26 anos, mora em Presidente Prudente interior de São Paulo. Ela é descolada, entende tudo sobre moda, se acha sofisticada e cheia de estilo, mas há um pequeno detalhe que deixa a moça totalmente inconformada; sua condição social. 
   Ela detesta ser pobre e faz de tudo para esconder de suas "amigas" socialites a realidade de sua vida. 
   Mariana acredita que nasceu para viver como uma pessoa da alta sociedade, frequentar lugares refinados, morar em uma casa linda e espaçosa e no bairro mais chique da cidade. 
    Então ela vê em Eduardo Garcia, seu namorado a forma mais rápida de conseguir a vida que tanto deseja. Edu é um médico que nasceu em uma família rica, mora em uma linda casa, mas é um homem simples e não gosta nenhum pouco do círculo social esnobe que sua família frequenta. 
   Depois de 7 anos de namoro Edu finalmente a pedi em casamento, e o grande sonho de Mari está a um passo de torna-se realidade. No entanto, há poucas horas de escutar o sim mais esperado de sua vida, idealizar e planejar o casamento perfeito o destino resolve lhe pregar uma peça que ela não acha a menor graça.

 Sei que essa fase atual é passageira. Em breve, vou mudar desse bairro "uó do borogodó" para o apartamento dos meus sonhos com Edu. É questão de meses para corrigir a falha que o Sr. Destino-cabeça-de-vento cometeu quando nasci..."      pág. 28

   Não é à toa que os Chick lits fazem tanto sucesso entre as leitoras, não há leitura mais divertida prazerosa que um bom chick lit. E depois de ler Pobre Não Tem Sorte posso afirmar que foi um dos melhores que já li. A história é engraçadíssima e tão divertida que faz com que a leitura seja leve e descontraída. 
  Mariana é uma personagem que a principio pode causar certa rejeição devido a sua futilidade, ambição, vergonha e inconformismo com sua condição. Mas, o seu senso de humor e as confusões em que se mete conquistam rapidamente o leitor. 
   Apesar de todos os seus ataques de grandeza e de demonstrar ter vergonha do jeito simples de sua família, ela deixa escapar comentários que nos mostram e nos convencem do amor que sente por eles. Então percebemos que Mari não é completamente fútil, ela ainda conserva bons valores de sua origem humilde, mesmo tentando não deixá-los em evidência. 
   O livro é narrado em primeira pessoa e repleto de tiradas engraçadas e expressões populares que deixam a leitura rápida e muito dinâmica. A linguagem da Leila é leve e flui tão bem que nem percebemos as páginas passando, quando nos damos conta estamos chegando do final. 
   As frases que iniciam os capítulos foi um ponto que achei muito criativo no livro, elas são todas relacionadas com os acontecimentos de cada capítulo sem entregar muito da história. A diagramação é simples, mas tem um toque bem feminino e delicado como podemos perceber desde a capa que é bem fofinha. 
   É bem difícil escolher uma passagem favorita desse livro, mas eu quase me engasguei de tanto rir quando a Cidinha faxineira da casa da Mari deu às caras na história, eu literalmente rolei de rir. ;)
   Pobre Não Tem Sorte não é apenas um livro despretensioso e divertido de ler, sua história trás também questões importantes para ser refletidas. Será que vale a pena mesmo renegar a família, esquecer valores morais e dar pouca importância ao amor em troca de status, bens materiais e posição social? Depois de uma bela lição de vida e moral, acompanharemos Mariana em busca de suas respostas em Pobre Não Tem Sorte 2- Alguma coisa acontece no meu coração. 
    Leitura mais que recomendada para quem adora um Chick lit!  

               
     

   
   

2 comentários:

  1. Oi Rafa, fiquei interessada no livro, gosto de chick-lit, adoro a diversão que eles propõe, e esse parece ser ótimo.

    bjks

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  2. Rafa já estou com esses dois livros aqui em casa e pretendo ler mês que vem, amei sua resenha e fiquei mais curiosa aInda!!!! Bjinhos e aguardo sua próxima resenha.

    Te espero lá no Leituras, vida e paixões!!!!

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